As vítimas relatam que uma mulher ofereceu um preço especial para atrair clientes e mudou seu endereço após o golpe. O caso foi registado como uma lesão corporal.
Atraída por uma campanha publicitária nas redes sociais, a contabilista Thalita Domeneghetti, 29 anos, fez, há um mês, uma sessão de micropigmentação em Franca (SP) para corrigir defeitos nas sobrancelhas.
O resultado não só foi desagradável e doloroso, como também deixou a sensação de que algo estava errado com o serviço. Foi usada uma agulha de tatuagem em vez do equipamento adequado. Além disso, a queixa alega que não a anunciante que fez o serviço, mas um homem que se apresentou como seu marido.
No outro dia notei a diferença, porque no primeiro dia eu estava muito inchada. Ele inchou lentamente e eu vi os defeitos, eu vi que ele não fez uma sobrancelha fio a fio. Era como fumaça de uma tatuagem e depois a sobrancelha virou, faltava um pedaço”, diz ela.
Thalita é uma das cinco clientes que entraram com um processo na quinta-feira (16) contra uma mulher que vende serviços em redes sociais como micropigmentadora e um homem que afirma ser seu marido, responsável pelas tatuagens.
Segundo eles, o casal está constantemente mudando de endereço, pessoa de contato e até mesmo sua identidade online para escapar de reclamações e continuar a agir.
A polícia civil está a investigar o caso como uma lesão corporal. As mulheres, mencionando outras vítimas que ainda não informaram as autoridades, foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) para investigar a queixa.
O G1 tentou falar com o suspeito ao telefone, mas ele não foi encontrado.
Quando ela se queixou, achou ruim
O preço de R$ 130 pela aplicação, que estava abaixo do valor de mercado, e as fotos publicadas na Internet chamaram a atenção da cabeleireira Bruna Diogo Soares, de 24 anos, que afirma ter realizado o estudo do suspeito em 6 de outubro. “Ele publicou um trabalho perfeito, muito bom, e esteve presente em algumas promoções. Uma mulher vaidosa, ela vê alguns destes trabalhos, ela quer fazê-los”, diz ela.
Segundo ela, uma fábrica na Avenida Brasil, Vila Aparecida, acaba de chegar, ela se surpreendeu ao ver um homem que se apresentou como marido da esteticista para fazer o serviço em seu lugar, enquanto o anunciante dava instruções.
“Ele fê-lo com uma máquina de tatuagem, mas quando se queixou achou feio, mas não lhe pôs a mão em cima, é o homem que faz o trabalho. Eles não são profissionais”, diz ela.
Após quatro horas dolorosas da sessão, ele diz que desaprovou o resultado na sobrancelha, que estava sangrando, mas como motivo ele sentiu que o inchaço estava normal e que teria que pagar R$50 a mais em uma visita posterior para reparar as manchas.
“Desde que fizemos sexo, ele certificou-se que a pessoa pensa que é um profissional e não fez o fio de pigmento. Você tem uma tatuagem. Eu ia perguntar-lhe, era super espesso”, diz ele.
Bruna diz que ele ligou várias vezes e pediu o dinheiro, mas nunca teve a oportunidade de contactar o suspeito. “Quando o fiz, ela respondeu lá na Avenida Brasil, em Vila Aparecida. Cerca de 15 dias depois ela se mudou para Jardim Vicente, Leporace. Depois mudou-se para a Rua Maranhão, em Vila Aparecida.
Sem saber o que fazer com a distorção estética, ela foi à polícia civil com outras quatro mulheres e apresentou queixa por lesões na última quinta-feira (16). Entre eles está Talita Cristina Pacheco de Souza, 30, que se candidatou a um emprego há dois meses.
“Eu estava à procura dela, ela mostrou-me algumas fotos. As fotos que ela nos mostrou eram muito bonitas. Realmente bonito. Ela prometeu-me um trabalho de micropigmentação das sobrancelhas, fio a fio. Então eu entrei, o meu amigo olhou para eles e disse: “Tens a certeza? Mas eu estava louco para fazer isso”, disse ele.
Ele disse que ficou surpreendido com a descoloração excessiva da sua pele após a operação. Quando está muito escuro”, disse ele, “vem de cima, ilumina, aparecem pequenos fios, tudo é suave”, disse ele.
Mas à medida que os dias passavam, a mancha, o bolo e a escuridão permaneciam. Ele diz que se queixou, mas depois de uma discussão com o suspeito, não conseguiu encontrá-lo. “Uma parte branca, uma parte preta, está torta, é a coisa mais terrível sobre isso”, queixou-se ele.
“Super destruída”
Outra vítima, a contadora Thalita Domeneghetti, diz que a ré se vendeu em redes sociais como uma mulher especialista que estava no mercado paulista há mais de dez anos, mas estava disposta a oferecer micropigmentação a um preço mais acessível para aqueles que não tinham condições de pagá-la. Mas os R$ 130 gastos na demanda foram caros, disse ela.
“Estive lá durante cerca de três horas para que ela o pudesse fazer. Fiquei completamente arrasada, não gostei”, disse ela.
Thalita diz que tentou recuperar o dinheiro, mas nunca foi capaz de falar com a alegada esteticista. Mais de um mês depois, o site da aplicação ainda está riscado. Dada a distorção facial e o fato de ela lamentar que a origem do serviço não tenha sido verificada, ela acredita que somente procedimentos específicos e caros podem reparar os danos. “Não podes continuar, algo muito pior pode acontecer”, diz ela.