A dependência química tem como característica o desejo que a pessoa tem em usar drogas como álcool, crack, cocaína, maconha, entre outras, ou também medicamentos que promovem uma sensação de bem estar e prazer, mas que provocam dependência no organismo, afetando principalmente o sistema nervoso central fazendo com que o indivíduo fique completamente dependente da droga sempre querendo doses cada vez maiores, como forma de satisfazer a sua necessidade.
A dependência química é uma doença?
Sim, ela é considerada uma doença crônica e multifatorial, ou seja, vários fatores contribuem para o seu desenvolvimento como a condição de saúde da pessoa, problemas genéticos e principalmente a quantidade e a frequência do uso de substâncias.
Essa doença tem cura?
Não é possível afirmar que a dependência química tem cura, pois ela é uma doença crônica como a hipertensão e a diabetes, felizmente ela pode ser controlada através do tratamento.
No entanto, o tratamento só é eficaz quando o indivíduo deixa de consumir as substâncias químicas e retorna a sua vida produtiva no trabalho e na sociedade com a ajuda dos familiares.
Segundo os dados do National Institute on Drgu Abuse (NIDA), cerca de 40 a 60% dos dependentes químicos tem recaídas, esse número se aproxima de outras doença crônicas como o problema de hipertensão entre 50 a 70%, e também a asma com a mesma porcentagem.
Porém, é importante destacar que as recaídas dos pacientes fazem parte do tratamento e precisam ser acompanhadas de perto.
Quais são os principais sintomas
Os sintomas mais comuns apresentados pelos os dependentes químicos são:
- Desejo de usar a substância
- Perda do controle, não conseguindo parar de usar após ter começado
- Aumento da tolerância, precisando sempre aumentar a dose
Sintomas de abstinência
- Tremores
- Ansiedade
- Sudorese
- Irritabilidade
Diante desses problemas é fundamental que algum familiar procure ajuda médica para começar a fazer o tratamento adequado para este caso.
Como é feito o tratamento da dependência química
O tratamento deste problema varia de pessoa para pessoa dependendo das suas características, como a quantidade de uso das substâncias e também se o paciente já está apresentando problemas emocionais, físicos e interpessoais que são provocados pelo uso das substâncias.
Para fazer a avaliação no paciente alguns profissionais podem fazer parte da equipe como médicos clínicos, psicólogos, psiquiatras, educadores físicos, terapeutas, enfermeiros e assistentes sociais.
Após ser diagnosticado o problema, é necessário que o paciente tenha acompanhamento médico e psicológico através da psicoterapia individual por um longo período de tempo para garantir o sucesso do tratamento, o que pode variar de acordo com a progressão e a gravidade da dependência.
Geralmente o paciente é internado em uma clínica particular por pelo menos 3 meses e o custo pode ser entre 5 a 10 mil reais. No entanto, o SUS oferece a internação gratuita através do CAPS.
Caso o paciente seja dependente de drogas lícitas como medicamentos analgésicos ou remédios para dormir, o tratamento é feito com a redução da dosagem do medicamento que é orientada pelo médico, porém após deixar de tomar o remédio de forma repentina o paciente poderá passar pelo efeito rebote e não conseguir largar o vício.
De maneira geral, a dependência química é uma doença grave que precisa ser levada a sério pelo paciente e todos que o cercam, colaborando e acompanhando o tratamento. Para saber mais a respeito, acesse o artigo do Dr. Drauzio Varella sobre drogas lícitas e ilícitas.